Adaptações morfofisiológicas da soja em solo inundado
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2002.v37.6307Palavras-chave:
Glycine max, caule, raízes adventícias, anoxia, regime hídrico do soloResumo
Há restrições ao crescimento de plantas em condições de inundação do solo, o que limita a sua exploração agrícola a poucas espécies. A soja pode ser uma alternativa, pela alta capacidade adaptativa a estas condições. O objetivo deste trabalho foi identificar as formas de adaptação da soja à inundação do solo, e estabelecer a melhor estratégia para fornecimento de N em solos inundados. Foi conduzido um experimento em casa de vegetação, na Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de setembro a novembro de 1998. Foram testadas duas cultivares de soja (FT-Abyara e BR 4) cultivadas sob dois regimes hídricos (inundação e capacidade de campo) e duas estratégias de fornecimento de N (inoculação e N mineral). Manteve-se a soja sob inundação do estádio V2 até V5 (21 dias). A soja apresentou mecanismos que permitem sua adaptação a condições de hipoxia geradas pela inundação do solo. Houve redução nos teores de N, K, Mg e Mn, e aumento nos teores de Fe nas folhas, quando da inundação. Existiram diferenças entre cultivares em solo inundado, destacando-se a cultivar FT-Abyara, pela maior adaptação. O diâmetro do caule sob a lâmina de água foi a característica mais importante na diferenciação de cultivares com vistas a tolerância à inundação. A melhor estratégia para fornecimento de N em condições de solo inundado foi a aplicação de N mineral em cobertura. Porém, mesmo em solo inundado ocorreu nodulação em soja.Downloads
Publicado
2002-01-01
Como Citar
Pires, J. L. F., Soprano, E., & Cassol, B. (2002). Adaptações morfofisiológicas da soja em solo inundado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 37(1), 41–50. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2002.v37.6307
Edição
Seção
FISIOLOGIA VEGETAL