Espectros de duas formas de lignina obtidos por ressonância magnética nuclear

Autores

  • Romualdo Shigueo Fukushima
  • Ronald Donald Hatfield

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2003.v38.6600

Palavras-chave:

brometo de acetila, carboidrato, dioxano, parede celular, espectrometria

Resumo

O conteúdo de lignina pode ser útil na estimativa da digestão da fibra de plantas forrageiras. A determinação quantitativa da lignina pelo método espectrofotométrico pressupõe a existência de um padrão de referência satisfatório. O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio da ressonância magnética nuclear (RMN), duas ligninas, uma extraída com brometo de acetila (LBrAc) e outra com solução ácida de dioxano (LDiox), para utilização como padrão de referência em análises espectrofotométricas. A ressonância de próton acusou altos teores de carboidratos contaminantes nas amostras de LBrAc. Como a cromatografia líquida já havia indicado menor presença de carboidratos contaminantes na LDiox, os espectros por ressonância de carbono, mais rica em detalhes do que a espectroscopia anterior, porém mais demorada, foram realizados somente nas ligninas LDiox. Este espectro revelou picos típicos, comuns à maioria das ligninas. Os achados da RMN foram condizentes com a análise química, a qual identificou que o carboidrato da parede celular que acompanha a LBrAc seria possivelmente a celulose, ao passo que a pequena contaminação da LDiox teria origem nas pentosanas. A LDiox pode ser considerada melhor padrão de referência para as análises espectrofotométricas do que a LBrAc.

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Publicado

2003-04-01

Como Citar

Fukushima, R. S., & Hatfield, R. D. (2003). Espectros de duas formas de lignina obtidos por ressonância magnética nuclear. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 38(4), 505–511. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2003.v38.6600

Edição

Seção

NUTRIÇÃO ANIMAL