Capacidade de cultivares de arroz de modificar o pH de soluções nutritivas na presença de alumínio

Autores

  • Renilton Joaquim de Mendonça
  • José Cambraia
  • Marco Antonio Oliva
  • Juraci Alves de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2005.v40.6977

Palavras-chave:

Oryza sativa, íon amônio, nitrato, tolerância ao Al, toxidez de Al

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do alumínio sobre a capacidade das cultivares de arroz Fernandes (tolerante) e Maravilha (sensível) de modificar o pH de soluções nutritivas com diferentes proporções de NO3-/NH4+. Após exposição das plantas ao Al (0 mM e 1,5 mM), durante 15 dias, foram determinados: quantidade de prótons exsudados, alongamento, produção de matéria seca e teor de Al nas raízes e folhas. O alongamento e produção de matéria seca, de raízes e folhas, se reduziram em presença de Al, independentemente da proporção NO3-/NH4+, e essas reduções se intensificaram com o aumento na concentração de NH4+. Os teores de Al aumentaram nas raízes e folhas, com aumento na concentração de NH4+ na solução nutritiva. Houve forte alcalinização da solução nutritiva com nitrogênio exclusivamente na forma de NO3-, que se reduziu em presença de Al. Em soluções nutritivas com NH4+, ao contrário, observou-se acidificação, que se intensificou com aumento na concentração de NH4+. A cultivar tolerante sempre consumiu mais prótons da solução nutritiva com N exclusivamente na forma de NO3-, e menos prótons daquela que continha NH4+, independentemente da proporção NO3-/NH4+. Essa cultivar foi, portanto, capaz de ajustar seu balanço de prótons e modificou o pH para valores que favoreciam menor absorção e maior tolerância ao alumínio.

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Publicado

2005-05-01

Como Citar

Mendonça, R. J. de, Cambraia, J., Oliva, M. A., & Oliveira, J. A. de. (2005). Capacidade de cultivares de arroz de modificar o pH de soluções nutritivas na presença de alumínio. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 40(5), 447–452. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2005.v40.6977

Edição

Seção

FISIOLOGIA VEGETAL