Solos e vegetação nativa remanescente no Município de Campinas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2007.v42.7700Palavras-chave:
associações solo-vegetação, cerrado, água do solo, toxicidade de alumínioResumo
O objetivo deste trabalho foi identificar atributos e classes de solos associados à ocorrência de remanescentes de cerrado e de floresta nativa em Campinas, SP, e identificar espécies indicadoras desses ambientes. Vinte e sete fragmentos de vegetação nativa foram estudados. Foi realizada a caracterização morfológica, classificação e coleta do solo para análises, bem como o levantamento florístico-fitossociológico do estrato arbóreo. A análise de correspondência canônica identificou as variáveis mais bem correlacionadas com a distribuição das espécies e identificou 15 variáveis que explicaram 31% da variância nos dois primeiros eixos. A classificação dos solos discriminou as fitofisionomias estudadas, Argissolos associados às matas e Latossolos aos cerrados, indício de que baixa fertilidade, baixa retenção de água e drenagem acentuada do solo favorecem o estabelecimento de cerrado. Parâmetro "n" da curva de retenção de água, densidade, H+Al, Ca, Al, K e Mg trocáveis, macroporos e matéria orgânica do solo foram os atributos dos solos mais efetivos nessa diferenciação fitofisionômica. A barreira química imposta pelo excesso de Al e deficiência de Ca no horizonte B e a baixa retenção de água nos solos sob cerrado favorecem as espécies Luehea grandiflora, Persea willdenovii, Xylopia aromatica e Erythroxylum daphnites, abundantes e exclusivamente encontradas nos fragmentos de cerrado.Downloads
Publicado
2007-09-01
Como Citar
Ferreira, I. C. de M., Coelho, R. M., Torres, R. B., & Bernacci, L. C. (2007). Solos e vegetação nativa remanescente no Município de Campinas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 42(9), 1319–1327. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2007.v42.7700
Edição
Seção
SOLOS