Evidências de invernos mais curtos em regiões vitivinícolas do Rio Grande do Sul com base na temperatura mínima

Autores/as

  • Maria Emília Borges Alves Embrapa Cerrados
  • Jorge Tonietto Embrapa Uva e Vinho
  • Henrique Pessoa dos Santos Embrapa Uva e Vinho

DOI:

https://doi.org/10.31062/agrom.v27i1.26546

Palabras clave:

brotação, videira, horas de frio

Resumen

O ano de 2018 foi o quarto mais quente da história, ficando atrás apenas de 2016, 2017 e 2015, os mais quentes nesta ordem. O registro de temperaturas mais elevadas levantou a hipótese de que os invernos estão se tornando mais curtos. O presente trabalho tem por objetivo analisar os registros de temperaturas em três regiões vitivinícolas do estado do Rio Grande do Sul, caracterizando-se alterações na duração e intensidade do frio invernal, bem como identificar os possíveis impactos destas mudanças sobre o ciclo da videira nestes locais. Observou-se que as Tmin registradas em abril e em setembro foram mais elevadas que a média normal, nos municípios de Bento Gonçalves, Vacaria e Santana do Livramento, no estado do Rio Grande do Sul e que a intensidade do frio invernal, medida pelo acúmulo de HF ≤ 7,2 °C entre os meses de abril e setembro, não foi influenciada pela elevação da Tmin nos meses de abril e setembro.

Biografía del autor/a

Maria Emília Borges Alves, Embrapa Cerrados

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1996), mestrado em Engenharia Agrícola, área de concentração Irrigação e Drenagem, pela Universidade Federal de Lavras (1999), especialização em Meio Ambiente e Gestão de Recursos Hídricos pelo CEFET-MG, doutorado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2009) e pós-doutorado desenvolvido na Embrapa Milho e Sorgo. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação, Agrometeorologia e Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, atuando principalmente nos seguintes temas: projetos e manejo da irrigação, agrometeorologia e meio ambiente. De 2014 a 2019 atuou como pesquisadora na Embrapa Uva e Vinho, sendo que entre 2015 e 2019 esteve cedida ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atuando na área de irrigação. Desde 2019 atua na Embrapa Cerrados. (http://lattes.cnpq.br/7781401249062489) 

Jorge Tonietto, Embrapa Uva e Vinho

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1977), mestrado em Fruticultura de Clima Temperado pela Universidade Federal de Pelotas - UFPEL (1980) e doutorado em Biologie de Lévolution et Ecologie - École Nationale Supérieure Agronomique de Montpellier, França (1999). Desde 1980 é pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência em Viticultura, com ênfase em Climatologia, atuando em zoneamento vitivinícola e desenvolvimento de indicações geográficas, incluindo as denominações de origem. (http://lattes.cnpq.br/6918970459013437)

Henrique Pessoa dos Santos, Embrapa Uva e Vinho

possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1995), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998) e doutorado em Biologia Vegetal/Fisiologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), atuando na área de Fisiologia de Produção de videira e macieira na Embrapa Uva e Vinho. Tem desenvolvido pesquisas em ecofisiologia, manejo de dossel e relações hídricas para incremento da qualidade enológica da uva; em cultivo protegido de videira, visando garantia de produção, qualidade de fruta e redução de tratamentos fitossanitários; em caracterização fisiológica, bioquímica e modelagem do processo de dormência de gemas, para subsidiar o manejo de brotação em pomares e a seleção de cultivares frutíferas mais adaptadas às condições climáticas sul-brasileiras atuais e futuras, com base nos cenários de mudanças climáticas; e em análises fisiológicas e ações fitotécnicas em mudas e vinhedos para mitigação da morte precoce causadas por fatores bióticos (ex.: pérola-da-terra, fungos) e abióticos (ex.: toxidez de cobre no solo) em regiões tradicionais de cultivo. Atualmente exerce as funções de supervisor do Laboratório de Fisiologia Vegetal da Embrapa Uva e Vinho e de membro da Equipe Permanente para Produção de Material Vegetativo de Qualidade da Embrapa Uva e Vinho. Participa da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal (SBFV), da Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF) e é assessor ad hoc de periódicos nacionais e internacionais. (http://lattes.cnpq.br/0634783821810720)

Publicado

2020-03-06

Cómo citar

Alves, M. E. B., Tonietto, J., & Santos, H. P. dos. (2020). Evidências de invernos mais curtos em regiões vitivinícolas do Rio Grande do Sul com base na temperatura mínima. Agrometeoros, 27(1). https://doi.org/10.31062/agrom.v27i1.26546

Número

Sección

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA