Efeito da deficiência hídrica na produção de trigo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4902Palavras-chave:
Triticum aestivum, afilhamento, área foliar, estádios fenológicos, componentes do rendimento de grãosResumo
O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes níveis de deficiência hídrica em alguns parâmetros associados à produção de grãos de trigo, e definir os períodos e níveis críticos de sua ocorrência, e suas intensidades. O experimento foi instalado em vasos, em casa de vegetação, com temperatura de 18ºC e umidade de 65%. Nos estádios fenológicos de quarta folha, folha-bandeira, antese e grão leitoso, foram aplicados níveis de deficiência hídrica de -1,0; -2,0 e -3,0 MPa, por suspensão da irrigação. Assim que os níveis de estresse no xilema eram atingidos, as plantas foram reidratadas. O estádio de folha-bandeira foi o mais sensível à deficiência hídrica, ou seja: causou a maior redução no rendimento, e, em seguida, na antese e na quarta folha. O nível de deficiência hídrica de -2,0 MPa aplicado na antese reduziu a área foliar, mas sem afetar o rendimento de grãos. Deficiência hídrica imposta no estádio de folha-bandeira foi associada à redução da massa seca da espiga, da massa de mil sementes, do número de grãos por espiga, e a um afilhamento tardio. A redução no rendimento de grãos em trigo ocorreu somente quando o nível de deficiência hídrica foi superior a -2,0 MPa; a causa dessa redução foi a diminuição no número de sementes por espiga.