Padrão de sobrevivência do bicudo-do-algodoeiro durante o pousio na região Centro-Oeste do Brasil

Autores

  • Carmen Silvia Soares Pires Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.
  • Mayra Pimenta Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, EQSW 103/104, Complexo Administrativo, Bloco C, Setor Sudoeste, CEP 70670-350 Brasília, DF.
  • Renata Alves da Mata Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Campus Formosa, Rua 64, s/no, Expansão Parque Lago, CEP 73813-816 Formosa, GO.
  • Lucas Machado de Souza Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.
  • Débora Pires Paula Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.
  • Edison Ryoiti Sujii Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.
  • Eliana Maria Gouveia Fontes Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.24344

Palavras-chave:

Anthonomus grandis, Gossypium hirsutum, alimento alternativo, maças do algodoeiro

Resumo

O objetivo deste trabalho foi determinar o padrão de sobrevivência do bicudo-do-algodoeiro durante o pousio no Centro-Oeste do Brasil. Foram determinadas as percentagens de adultos das populações que permaneceram nas estruturas reprodutivas do algodoeiro, as percentagens de adultos que saíram para os refúgios, e a longevidade dos adultos alimentados com pólen e néctar como fontes de alimentos alternativos. Para tanto, foram amostradas quatro populações em botões florais e maçãs do algodoeiro, que totalizaram 11.293 estruturas, de 2008 a 2012. A emergência de adultos do bicudo-do-algodoeiro foi monitorada desde a coleta das estruturas até a próxima safra de algodão. Em laboratório, adultos recém-emergidos foram alimentados com hibisco ou picão, e sua longevidade foi monitorada individualmente. A maioria dos adultos (85,73%) saiu das estruturas reprodutivas, independentemente da fenologia do algodoeiro, até 49 dias após as estruturas terem sido coletadas. Um indivíduo (0,0002%) entre 5.544 adultos foi encontrado vivo após o período da entressafra. A dieta de hibisco e picão permitiu uma longevidade de 76±38 dias, tempo suficiente para manter os adultos vivos durante a entressafra. A maioria dos bicudos-de-algodoeiro deixa as estruturas reprodutivas do algodoeiro no final da colheita, sobrevive com alimento alternativo e não usa as estruturas da planta como abrigo durante o período legal de pousio na região Centro-Oeste do Brasil.

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Publicado

2017-04-20

Como Citar

Pires, C. S. S., Pimenta, M., Mata, R. A. da, Souza, L. M. de, Paula, D. P., Sujii, E. R., & Fontes, E. M. G. (2017). Padrão de sobrevivência do bicudo-do-algodoeiro durante o pousio na região Centro-Oeste do Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 52(3), 149–160. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.24344

Edição

Seção

ENTOMOLOGIA