Danos causados por bovinos a Eucalyptus benthamii, com ou sem desrama, em sistemas silvipastoris
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2020.v55.26737Palavras-chave:
diâmetro à altura do peito, floresta, silvicultura, madeira de qualidadeResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da desrama sobre a incidência e intensidade de danos causados por bovinos a Eucalyptus benthamii aos 26 meses de idade, no município de Pinhais, no estado do Paraná, Brasil. O experimento foi feito em um delineamento de blocos ao acaso, com dois tratamentos – pecuária-floresta com eucaliptos desramados (WP) e pecuária-floresta com eucaliptos sem desrama (UP) – e três repetições, que caracterizaram seis tipos de danos e cinco intensidades. Houve diferenças significativas entre os tratamentos WP e UP para os diferentes tipos de danos. A entrada de bovinos no sistema silvipastoril, 26 meses após o plantio de eucalipto, causa danos de baixa intensidade às árvores, no tratamento com desrama, e danos de média intensidade às árvores no tratamento sem desrama. Danos de maiores intensidades foram registrados no tratamento UP, em que o dano de classe dois (d2 = dano médio) foi verificado em aproximadamente 91% das árvores. A prática silvicultural de desrama das árvores de E. benthamii não afeta o diâmetro à altura do peito nem a altura total das árvores. A desrama pode ser recomendada, já que não influencia o desenvolvimento das árvores; além disso, essa prática possibilita a produção de madeira sem nós, de melhor qualidade.