Modelo autologístico espaço-temporal com aplicação à análise de padrões espaciais da leprose-dos-citros

Autores

  • Luziane Franciscon Embrapa Suínos e Aves
  • Paulo Justiniano Ribeiro Junior Universidade Federal do Paraná
  • Elias Teixeira Krainski Universidade Federal do Paraná
  • Renato Beozzo Bassanezi Fundecitros
  • Ana Beatriz Costa Czermainski Embrapa Uva e Vinho

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2008.v43.943

Palavras-chave:

<i>Brevipalpus phoenicis, Citrus leprosis virus, Citrus sinensis</i>, estatística espacial, estruturas de vizinhança, pseudo-verossimilhança

Resumo

O objetivo deste trabalho foi propor estratégias de modelagem aplicadas aos dados de incidência de leprose-dos-citros, por meio do uso de um modelo autologístico espaço-temporal. A adequação do modelo autologístico foi avaliada quanto à: análise de dados provenientes de avaliações feitas em diferentes momentos; detecção de padrões espaciais da doença, pela avaliação de diferentes estruturas de vizinhança; consideração do efeito defasado no tempo de covariáveis de vizinhança; e ao efeito do ácaro transmissor na probabilidade de nova infecção. O modelo autologístico espaço-temporal adotado estendeu o modelo logístico usual, em que a estrutura de vizinhança é descrita por meio da construção de covariáveis, a partir da resposta observada em plantas vizinhas à planta avaliada, na mesma avaliação, ou em avaliações anteriores. Os dados de incidência de leprose nas plantas de citros foram coletados em pontos referenciados no espaço, durante aproximadamente dois anos. Os modelos detectam o efeito da presença do vetor e os padrões espaciais na ocorrência de novas infecções, tanto para covariáveis de vizinhança da mesma avaliação, quanto para covariáveis de vizinhança da avaliação anterior. Além disso, os modelos considerados permitem quantificar as variações na probabilidade de ocorrência da doença de acordo com o estado da doença e com a incidência do ácaro transmissor.

Biografia do Autor

Luziane Franciscon, Embrapa Suínos e Aves

Possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Paraná (2005). Tem experiência na área de Estatística, atuando principalmente nos seguintes temas: estatística experimental, espacial e modelos de regressão, desenvolvendo projetos junto ao LEG (Laboratŕio de Estatístia e Geoinformação). Mestranda em Estatística e Experimentação Agronômica pela ESALQ/USP (em andamento). Analista em estatística na Embrapa Suínos e Aves (2007).

Paulo Justiniano Ribeiro Junior, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras, antiga ESAL - Escola Superior de Agricultura de Lavras (1989), mestrado em Agronomia pela Universidade de São Paulo, na ESALQ, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1992) e doutorado em "Statistics" - University of Lancaster (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Estatística Espacial, Geoestatística, Estatística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: estatística espacial, geoestatística, estatística computacional e inferência bayesiana.

Elias Teixeira Krainski, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Paraná (2005) e mestrado em Estatística pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008) . Atualmente é Bolsista CAPES da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística , com ênfase em Probabilidade e Estatística Aplicadas. Atuando principalmente nos seguintes temas: Estatística espacial.

Renato Beozzo Bassanezi, Fundecitros

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (1992), mestrado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade de São Paulo (1996) e doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade de São Paulo (2000). Atualmente é Pesquisador Científico do Fundo de Defesa da Citricultura. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia e Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: doenças de citros e feijoeiro, fitopatologia, epidemiologia e controle.

Ana Beatriz Costa Czermainski, Embrapa Uva e Vinho

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (1981) e mestrado e doutorado em Agronomia (respectivamente nas áreas de Estatística e Experimentação Agronômica, em 1987 e Fitopatologia/Epidemiologia, em 2007) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. Docente do Depto. de Matemática e Estatística da UFPel de 1981 a 1989, áreas de Matemática e Estatística. Pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho desde 1989. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Estatística Experimental, Amostragem e Análise de dados epidemiológicos, atuando principalmente nos seguintes temas: videira, macieira, fruteiras, amostragem em pomares.

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Publicado

2009-01-06

Como Citar

Franciscon, L., Junior, P. J. R., Krainski, E. T., Bassanezi, R. B., & Czermainski, A. B. C. (2009). Modelo autologístico espaço-temporal com aplicação à análise de padrões espaciais da leprose-dos-citros. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 43(12), 1677–1682. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2008.v43.943

Edição

Seção

ESTATÍSTICA