Modelo não-linear aplicado ao estudo da interação de genótipos x ambientes em milho
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1989.v24.14278Palavras-chave:
modelo multiplicativo, estabilidadeResumo
Na hipótese de que os efeitos de ambientes sobre os genótipos, na manifestação fenotípica de um caráter, se dá de forma multiplicativa, foi estudado um modelo não-linear, que é multiplicativo apenas em seus parâmetros genético e ambiental. Dados de produtividade de espigas de milho (Zea mays L.) foram utilizados para verificar a possível adequação do modelo não-linear. Verificou-se que: (1): ambientes favoráveis, em que a média do caráter é maior, propiciam melhor discriminação entre os genótipos ou cultivares; (2): nas análises conjuntas usuais, a soma de quadrados de uma interação fica dependente da dos efeitos principais envolvidos; (3): o ajuste de médias de tratamentos de diferentes ensaios, onde apenas algumas testemunhas são comuns a todos eles, deve ser feito por fatores multiplicativos, e não, aditivos; (4): o coeficiente de regressão linear, comumente empregado na análise da estabilidade de cultivares, passa a ser positivamente correlacionado com a média geral das cultivares. As análises de 64 ensaios de milho indicaram que: (1) o modelo multiplicativo teve eficiência igual ou superior ao modelo linear; (2): o efeito multiplicativo dos ambientes sobre os genótipos foi responsável, em média, por 11,1% da interação de genótipos com ambientes, variando de 10.2% a 16,8%.