Semeadura de soja em condições de baixa umidade do solo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1985.v20.14981Palavras-chave:
emergência, absorção de água, tratamento de sementes, proteção de sementes, produtos hidrófobos, solo seco, <i>Glycine max</i> (l.) merrillResumo
Foram determinados os efeitos da umidade do solo e tratamento de sementes como fungicida captan, óleo de linhaça e "Aqua Net" na emergência de soja cv. Davis, em dois tipos de solo. No solo franco-argilo-siltoso as condições mais favoráveis de umidade para emergência foram de 13% a 16% (-7 atm a -1,9 atm); teores de umidade do solo entre 8,5% a 12% (-0,3 atm a -1,4 atm) foram os mais favoráveis para emergência no solo franco-arenoso. As sementes não absorveram água suficiente para germinarem (52% - 55%) em solo franco-argilo-siltoso com umidade inferior a 9%, e inferior a 4,5% no franco-arenoso. A alta umidade absorvida pela semente em solo seco causou uma rápida deterioração e perda de sua capacidade para emergir. Quando as sementes foram semeadas em solo com baixa disponibilidade hídrica, assim permanecendo por nove dias até se suprir água suficiente para a germinação, observou-se que a relação entre o potencial de emergência e níveis de umidade do solo seco apresentou-se como curva bastante acentuada, onde o potencial de emergência diminuiu conforme decresceu a umidade, do solo, até ser nula; após essa faixa de umidade do solo o potencial de emergência aumentou conforme diminuiu ainda mais a umidade do solo. Esse fenômeno é explicado com base no teor de umidade das sementes alcançado nos diversos teores de umidade do solo. Recomenda- se a proteção das sementes com óleo de linhaça e captan para aumentar a retenção da capacidade de emergir durante o período em que o solo estiver muito seco.