Estudos preliminares sobre as características de carcaça de ovinos deslanados do nordeste semi-árido do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1982.v17.15952Palavras-chave:
Santa Inês, Morada Nova, Somalis Brasileira, produtividade de carne, pastagem nativa de caatinga, alimentação em confinamentoResumo
Este experimento foi conduzido na região do Sertão no nordeste do Brasil, para avaliar a potencialidade de produção de carne, em ovinos de raças deslanadas, mantidos em pastagens nativas, de caatinga, até os seis ou sete meses de idade, e depois, se necessário, em confinamento. Os resultados demonstraram que o peso de abate (25 kg) foi alcançado em pastagem nativa com os animais da raça Santa Inês e alguns da raça Morada Nova, antes dos sete meses de idade. Alguns cordeiros gêmeos da raça Morada Nova e todos os da Somalis Brasileira não atingiram o peso de abate até os seis ou sete meses de idade e foi necessário o seu confinamento por um período adicional de dois a três meses. A raça Santa Inês apresentou a maior velocidade de crescimento, enquanto que a Somalis, a menor. A raça Morada Nova situou-se em posição intermediária. Essas diferenças entre raças refletem o tamanho corporal à idade adulta e também influenciaram algumas características de carcaça. O tipo de nascimento parece ter efeito signicativo no tamanho, no crescimento e em algumas características de carcaça. Cordeiros nascidos como únicos foram superiores aos gêmeos. Não foi observada nenhuma diferença nas características de carcaça entre os animais de idades diferentes e pesos semelhantes. Parece que essas características são mais relacionadas com o peso do cordeiro ao abate.