Efeito de diferentes níveis de suplementação de proteína e de energia em borregas alimentadas com feno de plantas forrageiras de pasto nativo, no ganho de peso e consumo de feno
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1976.v11.16889Palavras-chave:
Ovinos, borregas, ganho de peso, consumo de feno, plantas forrageiras nativas, pasto nativo, suplementação de proteína e de energiaResumo
Em Santa Maria, Rio Grande do Sul, foram usadas 56 borregas de dois dentes da raça Corriedale com peso médio de 24 kg, confinadas em boxes individuais, para estudar a influência da alimentação com feno de pastagem nativa com suplementação por duas rações à base de milho quebrado e farelo de soja, contendo 16,34% (ração 1) e 31,44% (ração 2) de PB e teor de NDT estimado em 80%, em ambas. As borregas foram distribuídas ao acaso em sete tratamentos, a saber: 1) testemunha (feno à vontade, sem suplementação); 2, 4 e 6) feno à vontade e ração 1 nas doses de 75, 150 e 300 g/dia/cabeça; 3, 5 e 7) feno à vontade e ração 2 nas mesmas doses da ração 1; o feno e as rações suplementares foram distribuídos diariamente em comedouros separados. Os animais foram previamente submetidos a dez dias de adaptação, com confinamento e o mesmo feno à vontade, porém, sem suplementação. O delineamento permitiu analisar o efeito parcelado de proteína e/ou NDT em diversos níveis alimentares. Foram medidos o ganho de peso e o consumo de ração aos 14, 29 e 54 dias do experimento, que comportou, assim, três períodos. Os ganhos médios diários de peso para os tratamentos 1 a 7, foram, respectivamente, -52,1, -20,8, - 5,8, 25,5, 25,5, 48,6 e 75,2 g. Os maiores ganhos registraram-se no primeiro período, sendo significativo (P < 0,05) o efeito de tratamento. No segundo período o efeito de tratamento foi altamente significativo (P < 0,01), mas os animais que recebiam os menores níveis de suplementação perderam peso, enquanto que no terceiro período todas as borregas perderam peso. Houve efeito significativo (P < 0,05) de tratamento no consumo de feno apenas no segundo período; foi notada diminuição do consumo de feno nos tratamentos que receberam a maior quantidade de ração suplementar. Quando os efeitos de energia e de proteína foram estudados isoladamente, notou-se tendência de ser a energia um fator mais crítico do que a proteína para as borregas alimentadas com feno de plantas forrageiras nativas.