Índice climático de crescimento de pastagens naturais no Rio Grande do Sul

Autores

  • F. S. da Mota
  • Z. B. Berny
  • J. F.A.S. da Mota

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1981.v16.16973

Palavras-chave:

agrometeorologia, pastagens naturais

Resumo

O índice climático de crescimento de pastagens, de Fitzpatrick & Nix, foi testado e considerado satisfatório nas condições do Estado do Rio Grande do Sul. Uma equação de regressão do tipo exponencial, Y = 353,1 (e1,40X) onde x é o índice climático de crescimento de gramíneas tropicais, permite estimar o rendimento de matéria seca (kg/ha) da pastagem natural. Para uso desta equação é necessário conhecer temperatura média, precipitação pluvial e insolação. Foram organizadas tabelas que permitem rápida determinação do índice térmico para cada grupo de forrageiras - e do índice de luz, necessários para o cálculo do índice climático. Foi determinado o índice climático mensal normal para cada grupo de forrageiras, em dez locais do Rio Grande do Sul. Para as localidades de Uruguaiana e São Luiz Gonzaga, foi determinada a frequência dos valores dos índices climáticos, cm cada mês, durante 30 anos de observação. Verificou-se que o potencial de produtividade das pastagens naturais é insuficiente, quando o índice climático de crescimento é inferior a 0.1 o que ocorre no inverno, e em verões secos. Para pastagens nativas, a suplementação alimentar com feno, no inverno e verões secos, é grande importância, dada a grande variabilidade, de ano para ano, dos índices climáticos e das estações. Este feno pode ser obtido da própria pastagem nativa, durante o verão, pois, nesta estação, a produtividade das pastagens é superior à necessidade de um bovino adulto/ha. Há boa potencialidade climática, durante todos os meses do ano para gramíneas e leguminosas temperadas. Para as leguminosas tropicais, os meses mais rigorosos do inverno não possuem clima adequado.

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Como Citar

Mota, F. S. da, Berny, Z. B., & Mota, J. F. da. (2014). Índice climático de crescimento de pastagens naturais no Rio Grande do Sul. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 16(4), 453–472. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1981.v16.16973

Edição

Seção

ERRATA