Peso ao nascer de bezerros Nelore: heritabilidade e interação sexo x reprodutor
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1981.v16.17149Palavras-chave:
genética quantitativa, melhoramento animal, estação de nascimento, novilha NeloreResumo
Utilizaram-se dados obtidos dos livros de registro zootécnico do Campo Experimental de Terenos, antiga sede do Instituto de Pesquisa Agropecuária do Oeste (IPEAO), referentes a peso ao nascimento de 861 bezerros Nelore nascidos de 1965 a 1977. A heritabilidade foi estimada utilizando-se quatro modelos estatísticos: o primeiro modelo foi o completo; no segundo modelo foram retirados os efeitos que não mostraram significância sobre peso ao nascimento; o terceiro modelo foi utilizado para analisar machos e fêmeas separadamente, e incluiu as mesmas variáveis do modelo completo; o quarto modelo também foi usado para analisar machos e fêmeas separadamente, mas incluiu as variáveis usadas no segundo modelo. Ano, sexo e condição anterior da fêmea (que tenha parido ou não no ano anterior e novilha de primeira cria) influenciaram altamente o peso ao nascer (P<0,01). Os pesos médios aproximados de machos e fêmeas foram, respectivamente, 25,04 e 23,40 kg para os diferentes modelos. Vacas falhadas produziram bezerros aproximadamente 0,70 kg mais pesados ao nascimento, do que bezerros de novilhas e vacas que pariram no ano anterior. Estação de nascimento e idade da vaca não tiveram influência sobre o peso ao nascimento. As estimativas de heritabilidade do peso ao nascimento para os diferentes modelos foram as seguintes: 0,73 ± 0,15 para o modelo 1; 0,70 ± 0,15 para o modelo 2; 0,90 ± 0,20 e 0,90 ± 0,21 para machos e fêmeas, respectivamente, no modelo 3 e 0,82 ± 0,20 e 0,81 ± 0,20 para machos e fêmeas, respectivamente, no modelo 4. Pela pequena importância da interação sexo x reprodutor dentro de ano e, pela semelhança das estimativas de heritabilidade nos dois sexos, conclui-se que o sexo da progênie não influência na avaliação de reprodutores para peso ao nascimento de suas crias.