Avaliação de métodos de análise química para fósforo disponível em solos da "Zona Litoral-Mata" de Pernambuco

Autores

  • J. P. Meira e Sá Júnior
  • Severino M. C. de Araújo
  • Stênio Jayme Galvão
  • Armando L. de Vasconcelos
  • Edson S. C. de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1974.v9.17247

Palavras-chave:

Suprimento de fósforo, testes de solo, afinidade solo-planta, implicações ecológicas

Resumo

É relatado um estudo comparativo entre cinco soluções extratoras adaptadas à rotina dos laboratórios de assistência aos agricultores do Programa Nacional de Fertilidade para a determinação de fósforo disponível em solos pertencentes à área fisiográfica demarcada pela "Zona Litoral-Mata" de Pernambuco. As amostras analisadas pertencem à camada superficial (horizonte A) de 11 unidades de mapeamento do Levantamento de Reconhecimento dos Solos da Zona da Mata de Pernambuco, realizado pela Divisão de Pedologia e Fertilidade do Solo e pelo Instituto de Pesquisas Agropecuárias do Nordeste (IPEANE). As soluções extratoras utilizadas específicas dos cinco métodos analíticos foram: 0,05N HCl + 0,025N H2SO4: método de Mehlich; 0,03N NH4F em 0,025 HCl: método de Bray n.° 1; 0,03N NH4F em 0,1 HCl: método de Bray n.° 2; 0,5M NaHCO3: método de Olsen e 0,5N HCl: método de Hawaii. No estabelecimento das associações de utilização do fósforo pela planta indicadora (milho) em casa de vegetação e da disponibilidade de fósforo, utilizando-se os diferentes extratores, a análise estatística evidenciou correlação positiva, significativa ao nível de 5%, para solução extratora do método de Hawaii e, por conseguinte, a vantagem da utilização desta para a determinação do fósforo disponível nos solos estudados, sobre a dos demais métodos. A pesquisa estabeleceu os seguintes coeficientes de correlação entre os diversos extratores de fósforo e sua utilização pela planta no tratamento sem fertilização fosfatada: Mehlich: r = 0,520; Bray n.° 1: r = 0,540; Bray n.° 2: r = 0,398; Olsen: r = 0,170 e Hawaii: r = 0,649. Pelos resultados encontrados, constataram-se produções muito limitadas de matéria seca nos tratamentos sem aplicação de fertilizantes fosfatados e a análise estatística feita no conjunto dos experimentes evidenciou uma resposta altamente significativa do milho à adução fosfatada, ao nível de 0,1%, indicando que os solos estudados são deficientes desse nutriente.

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Como Citar

Sá Júnior, J. P. M. e, Araújo, S. M. C. de, Galvão, S. J., Vasconcelos, A. L. de, & Oliveira, E. S. C. de. (2014). Avaliação de métodos de análise química para fósforo disponível em solos da "Zona Litoral-Mata" de Pernambuco. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 9(9), 27–33. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1974.v9.17247

Edição

Seção

ERRATA