Contribuição de solutos orgânicos e inorgânicos no ajustamento osmótico de pinhão-manso submetido à salinidade

Autores

  • Evandro Nascimento da Silva Universidade Federal do Cearé
  • Joaquim Albenisio Gomes Silveira Universidade Federal do Ceará
  • Cícera Raquel Fernandes Rodrigues Universidade Federal do Ceará
  • Cristina Silva de Lima Universidade Federal do Ceará
  • Ricardo Almeida Viégas Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1756

Palavras-chave:

<i>Jatropha curcas</i>, estresse salino, potencial osmótico, solutos orgânicos

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a acumulação de solutos orgânicos e inorgânicos e suas contribuições para o ajustamento osmótico de folhas de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) submetido à salinidade. O experimento foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (0, 25, 50, 75 e 100 mmol L-1 de NaCl) e quatro repetições. As plantas foram cultivadas hidroponicamente em casa de vegetação, em condições controladas de fotoperíodo (12 horas), temperatura (média de 28ºC) e umidade relativa do ar (média de 65%), com radiação fotossinteticamente ativa máxima média de 700 µmol m-1 s-1. O potencial osmótico das folhas decresceu progressivamente e variou de -0,84 a -2,05 MPa, enquanto o conteúdo relativo de água aumentou nos tratamentos com 75 e 100 mmol L-1. Os íons Na+ e Cl- foram os mais importantes, em termos quantitativos, e contribuíram com cerca de 52 e 20%, respectivamente, para o ajustamento osmótico das folhas de plantas tratadas com NaCl. A contribuição do K+ decresceu de modo acentuado e foi de 17 e 5% nos tratamentos com 25 e 100 mmol L-1 de NaCl. A contribuição média dos solutos orgânicos, açúcares, aminoácidos, glicina betaína e prolina, foi de 5,5, 6, 4 e 0,03%, respectivamente. As folhas de pinhão-manso ajustam-se osmoticamente em presença de salinidade, e mantêm bom nível de hidratação, principalmente por meio da acumulação de Na+ e Cl-. A glicina betaína tem papel quantitativo mais importante do que a prolina no ajustamento osmótico, tanto em presença quanto em ausência de salinidade.

Biografia do Autor

Evandro Nascimento da Silva, Universidade Federal do Cearé

Mestre em Agronomia, Doutorando em Bioquímica vegetal

Joaquim Albenisio Gomes Silveira, Universidade Federal do Ceará

Professor associado do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular e Pesquisador nível 1 do CNPq (CA de Agronomia).

Cícera Raquel Fernandes Rodrigues, Universidade Federal do Ceará

Mestre em Agronomia e Doutoranda em Bioquímica vegetal

Cristina Silva de Lima, Universidade Federal do Ceará

Bacharel em Ciências Biológicas e Mestranda em Bioquímica Vegetal

Ricardo Almeida Viégas, Universidade Federal de Campina Grande

Mestres em Solos e Dr. em Bioquímica Vegetal

Downloads

Publicado

2010-11-18

Como Citar

Silva, E. N. da, Silveira, J. A. G., Rodrigues, C. R. F., Lima, C. S. de, & Viégas, R. A. (2010). Contribuição de solutos orgânicos e inorgânicos no ajustamento osmótico de pinhão-manso submetido à salinidade. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 44(5), 437–445. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1756

Edição

Seção

FISIOLOGIA VEGETAL