Fontes de resistência a duas raças fisiológicas de Colletotrichum lindemuthianum no melhoramento do feijoeiro no sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1971.v6.17707Resumo
Foram pesquisadas fontes de resistência ao Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. et Magn.) Serib., agente responsável pela ocorrência de antracnose, uma das mais importantes doenças do feijoeiro no Brasil. É necessário conhecer quais as variedades adequadas para hibridação quando procurada a obtenção de variedades resistentes, um dos principais objetivos do melhoramento do feijoeiro. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação e laboratório, através de testes imunológicos em que variedades e linhagens foram submetidos à infecção do patógeno em estado de plântula. Com os resultados obtidos concluiu-se que, entre as variedades testadas, apenas Perry Marrow, Asgrow Valentine e Barão Ibirubá-1 apresentaram resistência às duas raças fisiológicas de antracnose já identificadas no Rio Grande do Sul: alfa e beta. Estas variedades estão sendo utilizadas no programa de melhoramento do feijoeiro conduzido no Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Sul (IPEAS). As demais foram resistentes a uma das raças e suscetíveis à outra ou mostraram suscetibilidade a ambas. Em algumas variedades observou-se irregularidade de comportamento, aparecendo plântulas resistentes e plântulas suscetíveis. Constatou-se, ainda, que a maioria das variedades testadas possui genes de resistência para a raça beta, o que não ocorre em relação à raça alfa.