Estudo de épocas de início de irrigação com cinco variedades de arroz (Oryza sativa L.), na Baixada Fluminense
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1969.v4.17775Resumo
No presente trabalho são relatados os resultados de um experimento realizado na Baixada Fluminense, com o objetivo de verificar o comportamento de cinco variedades de arroz ("Amarelão", "De Abril", "Honduras", "7-V-8" e "H-12-V-13") diante das seguintes épocas de inicio da prática irrigatória: logo depois da germinação e a 10, 20, 30 e 40 dias após a emergência das plantas. O sistema de irrigação empregado foi o de inundação ou submersão do solo, na modalidade contínua ou permanente. Nos primeiros quatro anos de trabalho (60/1, 61/2, 62/3, 63/4), as épocas estudadas apresentaram diferenças estatisticamente significativas colocando-se em primeiro lugar o grupo formado pelas 1.a, 3.a e 4.a épocas e, em segundo, as restantes, não diferindo entre si as pertencentes a cada grupo. Nos dois últimos anos (64/5 e 65/6), não foram registradas diferenças significativas entre os tratamentos. A interação variedades x tratamentos mostrou-se significativa, indicando que a variedade "Amarelão" forneceu produções médias mais elevadas quando a prática irrigatória teve início aos 20 e 30 dias depois da germinação; e a variedade "Honduras" comportou-se melhor diante cio 3.° tratamento. Já a variedade “De Abril" forneceu rendimentos mais altos frente ao 1.° e 4.° tratamentos. Finalmente, as últimas variedades ("H-12-V-13" e "7-V-8") apresentaram melhores produções, em números absolutos, quando a irrigação foi iniciada, somente, 40 dias após a germinação. Entre variedades, a análise estatística revelou também diferenças altamente significativas. Em primeiro lugar colocou-se a "De Abril", com produção média, nos 4 anos iniciais, de 5.816 kg/ha, e nos dois últimos, de 3.855 kg/ha. As demais apresentaram rendimentos bastante inferiores. Os dois primeiros tratamentos propiciaram um eficiente controle sobre as ervas daninhas, dispensando mesmo as habituais capinas. Nos outros três, tal não aconteceu, e o referido trato cultural se fez necessário pelo menos uma vez. Nestes últimos, contudo, a economia de água decorrente do menor consumo hídrico e dos demais dispêndios indispensáveis à mobilização da água, foi suficiente para superar a, vantagem, aparentemente atribuída aos dois primeiros, pela redução de despesas com as capinas.