Intoxicação experimental pela “ maniçoba” ( Manihot glaziovii Muell. Arg.) em bovinos

Autores

  • Camillo F. C. Canella
  • Jurgen Döbereiner
  • Carlos Hubinger Tokarnia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1968.v3.17980

Resumo

Em experimentos com bovinos com cerca de 100 kg de peso, realizados no Município de Campo Maior, Estado do Piauí, foram dados por via oral 125, 250 e 500 g de brotação fresca da “maniçoba” (Marsihot glaziovii Muell. Arg.). Esta brotação deu reação fortemente positiva para ácido cianídrico em testes feitos com "papel picro-sódico". Enquanto o animal que recebeu a dosagem menor não mostrou quaisquer sintomas, os outros dois bovinos morreram após mostrar um quadro agudo de intoxicação. Foi obtido na região um histórico segundo o qual ocorrem mortandades em bovinos logo depois das primeiras chuvas na entrada da época "das águas", outubro/dezembro. Estas mortandades são atribuídas à ingestão da "rama murcha" (folhas murchas da "maniçoba"), pois após as primeiras chuvas há frequentemente uma estiagem que dura até semanas, durante a qual a primeira brotação da vegetação ficaria murcha. Concluem os autores, baseando-se em informações obtidas, em suas observações e seus experimentos, que a brotação de M. glaziovii seja realmente responsável na região por estas mortandades.

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Como Citar

Canella, C. F. C., Döbereiner, J., & Tokarnia, C. H. (2014). Intoxicação experimental pela “ maniçoba” (<i> Manihot glaziovii</i> Muell. Arg.) em bovinos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 3(1), 347–350. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1968.v3.17980