Polímeros como veículos para formulações de inoculantes rizobianos

Autores

  • Paulo Ivan Fernandes Júnior UFRRJ
  • Tiago Gusmão Rorh Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Paulo Jansen de Oliveira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Gustavo Ribeiro Xavier Embrapa Agrobiologia
  • Norma Gouvêa Rumjanek Embrapa Agrobiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1874

Palavras-chave:

<i>Bradyrhizobium japonicum, Vigna unguiculata</i>, fixação biológica de nitrogênio, carboximetilcelulose, tecnologia de inoculantes, misturas poliméricas

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de misturas poliméricas de carboximetilcelulose (CMC) e amido, como veículos de inoculante para rizóbios, quanto à sua capacidade de manter células rizobianas viáveis e promover a nodulação em feijão-caupi (Vigna unguiculata). O delineamento experimental foi completamente casualizado, com três repetições. Quarenta diferentes composições poliméricas de carboximetilcelulose (CMC) e amido, compatibilizadas ou não com proporções de MgO ou ZnO, foram inicialmente avaliadas quanto à sua capacidade de manter células rizobianas viáveis pelo período de um mês. Posteriormente, veículos de inoculantes selecionados foram avaliados quanto à capacidade de manter células rizobianas viáveis pelo período de 165 dias, e seu desempenho como veículos de inoculantes foi comparado com os de inoculantes turfosos, em casa de vegetação. Células rizobianas sobreviveram melhor em misturas com 50–60% de CMC. Os agentes compatibilizantes não aumentaram a sobrevivência das células rizobianas após 30 dias de estocagem. A nodulação do feijão-caupi com o uso das misturas poliméricas não diferiu estatisticamente da nodulação com o uso da turfa. As misturas de CMC/amido, quando compatibilizadas com MgO (1%), são veículos eficientes para inoculantes rizobianos por até 165 dias de armazenamento.

Biografia do Autor

Paulo Ivan Fernandes Júnior, UFRRJ

Possui graduação em ciências biológicas na Universidade federal Rural do Rio de Janeiro (2003). Mestre em Agronomia-Ciencia do Solo também pela UFRRJ (2006) atualmente é doutorando do Curso de Pós-Graduação em Agronomia-Ciência do Solo da UFRRJ. Tem experiência na área de microbiologia do solo com enfase em ecologia de rizóbios. Possui 1 produto tecnológico.

Tiago Gusmão Rorh, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2004) e mestrado em Engenharia Quimica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2007). Atualmente é doutorando pela Universidade Federal do Espírito Santo no curso de pós graduação em engenharia ambiental e atua como responsável técnico no Laboratório de Saneamento da UFES/FEST em análises físico química e microbiológica. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Polímeros / Biopolímeros, atuando principalmente nos seguintes temas: Reologia, viscosimetria, biodegradabilidade, resíduos oleósos do saneamento, biodiesel e biocatálise enzimática.

Paulo Jansen de Oliveira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

O Professor obteve o seu Mestrado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e o Doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Na pesquisa, o professor tem experiência na área de Engenharia de Química, processos químicos, materiais com ênfase em Polímeros, reciclagem de borracha e polímeros naturais com ênfase na agricultura. O grupo de polímeros da UFRRJ vem atuando principalmente nos seguintes temas: misturas poliméricas, compatibilização, agentes compatibizantes, ação interfacial, polímeros naturais e reciclagem.

Gustavo Ribeiro Xavier, Embrapa Agrobiologia

Gustavo Ribeiro Xavier concluiu o doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 2003. Atualmente é Docente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Publicou 8 artigos em periódicos especializados e 68 trabalhos em anais de eventos. Possui 2 capítulos de livros e 1 livro publicados. Possui 1 produto tecnológico e outros 35 itens de produção técnica. Participou de 19 eventos no Brasil. Recebeu 2 prêmios e/ou homenagens. Entre 1996 e 2002 participou de 5 projetos de pesquisa. Atualmente participa de 11 projetos de pesquisa, sendo que coordena 3 destes. Atua na área de Agronomia, com ênfase em Microbiologia e Bioquímica do Solo. Em suas atividades profissionais interagiu com 87 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: rizóbio, caupi, DGGE, ecologia microbiana, FBN, diversidade, resistência à antibiótico, comunidade bacteriana, ELISA e inoculante.

Norma Gouvêa Rumjanek, Embrapa Agrobiologia

NORMA GOUVÊA RUMJANEK CONCLUIU O DOUTORADO EM QUÍMICA FARMACÊUTICA - UNIVERSITY OF LONDON EM 1983. ATUALMENTE É PESQUISADOR DA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, PROFESSOR SEM ÔNUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO E PROFESSOR SEM ÔNUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. PUBLICOU 29 ARTIGOS EM PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS E 147 TRABALHOS EM ANAIS DE EVENTOS. POSSUI 7 CAPÍTULOS DE LIVROS E 1 LIVRO PUBLICADOS. POSSUI 1 PRODUTO TECNOLÓGICO REGISTRADO E OUTROS 19 ÍTENS DE PRODUÇÃO TÉCNICA. ORIENTOU 6 DISSERTAÇÕES DE MESTRADO E CO-ORIENTOU 6, ORIENTOU 12 TESES DE DOUTORADO E CO-ORIENTOU 1 TESE DE DOUTORADO, ALÉM DE TER ORIENTADO 2 TRABALHOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NAS ÁREAS DE AGRONOMIA, ECOLOGIA E MICROBIOLOGIA. RECEBEU 2 PRÊMIOS E/OU HOMENAGENS. ATUA NA ÁREA DE ECOLOGIA, COM ÊNFASE EM ECOLOGIA MICROBIANA. EM SUAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS INTERAGIU COM 171 COLABORADORES EM CO-AUTORIAS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS. EM SEU CURRÍCULO LATTES OS TERMOS MAIS FREQÜENTES NA CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E ARTÍSTICO-CULTURAL SÃO: RIZÓBIO, CAUPI, RIZÓBIO, DIVERSIDADE, SEMI-ÁRIDO, FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO, DIVERSIDADE MICROBIANA, COMPETIVIDADE, AGRICULTURA ORGÂNICA E SOJA.

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Publicado

2010-11-29

Como Citar

Júnior, P. I. F., Rorh, T. G., Oliveira, P. J. de, Xavier, G. R., & Rumjanek, N. G. (2010). Polímeros como veículos para formulações de inoculantes rizobianos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 44(9), 1184–1190. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1874

Edição

Seção

MICROBIOLOGIA