Resposta de espécies florestais à baixa disponibilidade de oxigênio. II. Alterações na produção e distribuição de matéria seca
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4822Palavras-chave:
anoxia, inundação, produção de matéria seca, partiçãoResumo
O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a produção e distribuição de matéria seca e o desenvolvimento de estruturas morfológicas de espécies florestais exóticas e nativas em condições de baixa disponibilidade de oxigênio no meio de cultivo, e identificar as que apresentam melhor adaptação a essas condições. Utilizaram-se plantas jovens das spécies de sesbânia (Sesbania sesban), ameixa (Eriobotrya japonica), seringueira (Hevea brasiliensis) e jacarandá-mineiro (Macchaerium villosum). O estudo foi realizado em casa de vegetação, e os tratamentos foram constituídos de dois níveis de disponibilidade de oxigênio no meio de cultivo em quatro repetições. O substrato utilizado foi areia grossa lavada, irrigada com solução nutritiva. Apesar do efeito negativo sobre as características avaliadas, todas as espécies sobreviveram à baixa disponibilidade de oxigênio, enquanto durou o estresse (55 dias). O desenvolvimento de raízes adventícias e lenticelas na região submersa do caule foi maior nas plantas de sesbânia e de ameixa, o que favoreceu sua sobrevivência, mas não a produção de matéria seca. As plantas de seringueira, além de terem sobrevivido, não apresentaram reduções significativas na sua produção de matéria seca total em face do estresse aplicado.