Alelopatia de frutos de erva-mate (ilex paraguariensis) no desenvolvimento do milho

Autores

  • Cíntia Pilotti Miró
  • Alfredo Gui Ferreira
  • Maria Estefânia Alves Aquila

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4959

Palavras-chave:

potencial osmótico, reação aleloquímica, Zea mays

Resumo

Este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar o efeito alelopático dos frutos maduros de erva-mate (Ilex paraguariensis St.Hil.) sobre a germinação e crescimento do milho híbrido SAVE 484 (Zea mays L.), e, subsidiariamente, se o tempo de permanência dos frutos no solo interferiria em seu efeito alelopático. Frutos maduros de erva-mate (erveira) foram adicionados a vasos com solo corrigido com vistas à cultura do milho. Sementes foram semeadas logo após a incorporação dos frutos e 30 e 60 dias depois. Também foram realizados experimentos em laboratório com extratos dos frutos e PEG 6000, agente osmótico, em concentrações semelhantes aos extratos, para se poder separar o efeito osmótico do alelopático. A germinação e a emergência do milho não foram afetadas, nem em solo de campo, nem em laboratório com substrato papel; porém, seu crescimento e desenvolvimento foram afetados. Altura da planta, comprimento do primeiro entre-nó, peso seco da parte aérea e da raiz, comprimento das folhas, número de raízes adventícias e comprimento da raiz primária foram afetados pela presença dos frutos ou dos seus extratos, o que mostra uma inibição do desenvolvimento, causada pelos possíveis aleloquímicos presentes. O número de pêlos absorventes das raízes do milho mostraram ser um parâmetro extremamente sensível a substâncias alelopáticas, as quais perduram no solo pelo menos por 60 dias após a incorporação dos frutos maduros da erva-mate.

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Publicado

1998-08-01

Como Citar

Miró, C. P., Ferreira, A. G., & Aquila, M. E. A. (1998). Alelopatia de frutos de erva-mate (<i>ilex paraguariensis</i>) no desenvolvimento do milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 33(8), 1261–1270. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4959

Edição

Seção

FISIOLOGIA VEGETAL