Indução de resistência à podridão-parda em pêssegos pelo uso de eliciadores em pós-colheita

Autores

  • Moeses Andrigo Danner Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco
  • Simone Aparecida Zolet Sasso Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco
  • José Gilberto Sousa Medeiros Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco
  • José Abramo Marchese Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco
  • Sérgio Miguel Mazaro Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Dois Vizinhos

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2008.v43.679

Palavras-chave:

Monilinia fructicola, acibenzolar-S-metil, fenilalanina amônia-liase, harpina, resistência sistêmica adquirida

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos eliciadores acibenzolar-S-metil e proteína harpina, aplicados em pós-colheita, na indução de resistência sistêmica à podridão-parda em pêssegos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, em parcelas subdivididas – com e sem ferimentos provocados aos frutos –, e os tratamentos foram constituídos por: acibenzolar-S-metil (50 mg do i.a. L-1), dois produtos comerciais com proteína harpina (80 mg do i.a. L-1) e uma testemunha (água destilada). Os frutos foram pulverizados, individualmente, com 1 mL de solução aquosa com os tratamentos e, após 12 horas, efetuou-se a inoculação com Monilinia fructicola (0,2 mL da suspensão com concentração de 105 esporos mL-1, em cada lado do fruto). Após 60 horas da inoculação, avaliaram-se: a área lesionada, a esporulação e o percentual de controle. Determinaram-se os teores de proteínas totais, açúcares redutores e totais, fenóis, além da atividade da enzima fenilalanina amônia-liase (FAL). Os eliciadores induziram resistência dos frutos a M. fructicola, com redução do desenvolvimento do fungo. O uso dos eliciadores aumentou os teores dos parâmetros bioquímicos avaliados e a atividade da FAL, que esteve relacionada à redução da área lesionada em pêssegos. Os indutores podem contribuir para o manejo integrado da podridão-parda em pêssegos, em pós-colheita.

Biografia do Autor

Moeses Andrigo Danner, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco

É Engenheiro Agrônomo formado em 2006 pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco. Atualmente cursa o mestrado em Agronomia, área de concentração Produção Vegetal, na mesma instituição, trabalhando com 'Caracterização morfogenética da jabuticabeira na região Sudoeste do Paraná', visando fomentar futuros programas de melhoramento genético e a inserção desta frutífera nativa no sistema produtivo regional. Além disso, desde 03/2008 é professor substituto de ensino superior, do curso de Agronomia da UTFPR, Campus Pato Branco, ministrando as disciplinas de Estatística e Experimentação Agrícola e de Genética e Melhoramento Vegetal.

Simone Aparecida Zolet Sasso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco (2006). Atualmente é estudante do Mestrado em Agronomia da mesma Universidade. Tem experiência na área de Fruticultura, atuando principalmente com propagação vegetativa de jabuticabeira, caracterização de frutíferas nativas do sul do Brasil e manejo de frutíferas de caroço.

José Gilberto Sousa Medeiros, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco

Engenheiro Agrônomo formado pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará em 1985, hoje Universidade Federal Rural da Amazônia, com Especialização em Heveicultura (SUDHEVEA, 1985) e Licenciatura Plena (CEFET-PR, 1997). Atualmente é Mestrando do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Professor efetivo da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal-PA. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal.

José Abramo Marchese, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco

José Abramo Marchese é Professor do Curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), desde 1994. Em 1993, tornou-se especialista em Ecofisiologia de Trigo pelo INTA/CIMMYT (Argentina), com bolsa do International Fund for Agricultural Development, IFAD, Itália. Concluiu mestrado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) na UNICAMP em 1999, e doutorado em Agronomia (Horticultura) pela UNESP (Botucatu) em 2006. Durante o ano de 2005, cursou doutoramento sanduíche com bolsa do CNPq no National Center for Natural Products Research, pela University of Mississippi (USA). Em 2001, foi professor visitante na Purdue University (USA). Atualmente, é membro da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal, da Associação Brasileira de Horticultura, e da International Society for Horticultural Science. É responsável pelas disciplinas de Fisiologia de Plantas Cultivadas nos cursos de Graduação e Pós-graduação em Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Exerceu as funções de coordenador do curso de graduação em Agronomia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na UTFPR. Orienta e co-orienta estudantes de mestrado e doutorado nos Programas de Pós-Graduação em Agronomia da UTFPR e da UNESP em Botucatu-SP. É editor associado da Revista Brasileira de Plantas Medicinais e Referee das revistas Scientia Horticulturae, Horticultura Brasileira e Horticultura Argentina. Investiga nas áreas de ecofisiologia de plantas (fotossíntese; relações hídricas; fisiologia da floração) e prospecção de biomoléculas para uso medicinal e agroquímico.

Sérgio Miguel Mazaro, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Dois Vizinhos

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1998) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal do Paraná (2007). Atualmente é professor efetivo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Indução de Resistência em Plantas e Fisiologia Pós Colheita de Frutas, atuando principalmente nos seguintes temas: indução de resistência, fitossanidade e pós-colheita.

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Publicado

2008-10-27

Como Citar

Danner, M. A., Sasso, S. A. Z., Medeiros, J. G. S., Marchese, J. A., & Mazaro, S. M. (2008). Indução de resistência à podridão-parda em pêssegos pelo uso de eliciadores em pós-colheita. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 43(7), 793–799. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2008.v43.679

Edição

Seção

FITOPATOLOGIA