Fotossíntese, crescimento e nutrientes foliares de mudas de mogno e jatobá aclimatadas à luz solar direta

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar como as espécies mogno e jatobá, com diferentes taxas de crescimento, respondem à aclimatação à luz solar plena durante o estágio juvenil. Mudas de mogno e jatobá, com três e oito meses de idade, respectivamente, foram cultivadas sob baixa luminosidade e expostas a seis tempos independentes de aclimatação à luz solar plena por 30 dias: 0,0 hora (controle), 1,5 hora (11h15–12h45), 3,0 horas (10h30–13h30), 6,0 horas (9h00–15h00), 9,0 horas (7h30–16h30) e 12,0 horas (6h00–18h00). A seguir as plantas foram transferidas a local aberto por 120 dias, o dia todo. Foram avaliadas trocas gasosas foliares, características foliares, crescimento da planta, alocação de biomassa e teores de nutrientes foliares. Em ambas as espécies, as taxas fotossintéticas aumentam com o tempo de exposição à luz solar plena, associado a um aumento na condutância estomática. A razão fluorescência variável/fluorescência máxima diminui após exposição ao tempo de aclimatação de 6,0, 9,0 e 12 horas, particularmente no mogno. O mogno apresenta maiores taxas de crescimento e produção de folhas do que o jatobá quando exposto à luz solar plena. As concentrações dos macronutrientes, exceto de nitrogênio e fósforo, são maiores no jatobá do que no mogno. O mogno, uma espécie de crescimento rápido, se aclimata à luz solar plena principalmente com base na produção de novas folhas, enquanto o jatobá, uma espécie de crescimento lento, se aclimata à luz solar plena com base em suas características foliares, especialmente sua baixa área foliar específica (alta espessura foliar).